terça-feira, 13 de outubro de 2009

Lobato com rota própria

Quem conhece minimamente Francisco Lobato sabe que ele nunca se contenta com o mais ou menos. Prefere sempre arriscar um pouco mais que os outros. E nesta segunda etapa da Transat 650 também está a ser assim, sobretudo em matéria de rotas. Desta feita, e já de há uns três dias para cá, Lobato tem-se afastado da frota seguindo quase mais meio grau por oeste. Até agora a sua estratégia funcionou. Graças em boa medida a esta outra rota, que se situa na casa dos 07.25'W comparativamente a 06.40'W da maioria da frota, Lobato tem vindo a aproximar-se do trio da frente nos barcos de série o qual é composto pelo francês Charlie Dalin, o italiano Ricardo Apolloni e o francês Xavier Macaire, encontrando-se agora a 23 milhas da frente. A sua evolução, porém, depende muito de como ele, e os outros velejadores deste pelotão da frente, consigam ultrapassar a zona de convergência intertropical à qual os quatro deverão chegar ainda hoje. Mas a julgar pelos seus colegas dos protótipos, que seguem umas 100 milhas à frente deles, esta zona, que muitas vezes provoca abrandamentos súbitos de vento, desta feita poderá não se fazer sentir na frota.

sábado, 10 de outubro de 2009

Adivinhe em que lugar ele está

Pois é, o amigo Lobato não pára de nos pregar partidas. Depois de uma espectacular primeira etapa, arrancou bem na segunda, depois caiu, caiu, e caiu até chegar a andar em 16º (na classe de série), e desde há dois dias começou a subir outra vez, estando há pouco tempo atrás já em terceiro lugar, sendo que nas últimas 24 horas, o seu ROFF/TMN, com uma velocidade média de 8,66 nós, foi o barco de série mais rápido dos 48 barcos da sua classe, e o segundo de toda a frota (barcos de série mais protótipos). Oh la la!

As novas regras da VOR



A organização da Volvo Ocean Race publicou ontem as novas regras que deverão ser cumpridas pelos participantes da próxima VOR, que terá lugar em 2010/11. E entre elas, há algumas que são, no minimo, uma surpresa. Uma diz respeito aos barcos por equipa. Cada uma só vai poder ter, no máximo, um barco. Outra novidade diz respeito a velas. As de proa vão ter que ser de enrolar. E as outras, quando não estiverem em uso, vão ter que ficar guardadas no centro do barco, ou nas suas cabines. Cada barco vai poder ter no máximo 17 velas. No tocante a tripulações, cada barco com tripulação masculina pode ter no máximo 11 tripulantes, incluindo um jornalista. Para os barcos de tripulação feminina, o limite é 14 tripulantes. O limite de peso de cada barco vão ser 14.500kgs, dos quais 7400kgs são na quilha. Em termos gerais, a preocupação geral parece ser na poupança de custos, de modo a tornar esta grande prova de circum-navegação mais competitiva e participada.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Á espera de melhores ventos

Charlie Dalin, o inglês que segue destacado à frente da Transat 650 nos barcos de série, com quase 50 milhas de avanço sobre o resto da frota, poderá estar em risco de ser apanhado pelo pelotão da frente da mesma. Tudo porque a rota seguida por ele, claramente mais a oeste que o resto da frota, beneficiou-se de ventos constantes até agora mas tem pela frente uma zona de calmarias, ao contrário do resto da frota que está já a começar a apanhar ventos de 15 a 20 nós de popa. Caso não haja mudanças de tempo, podemos ter mudanças na frente da prova. Francisco Lobato que partiu bem e depois chegou a cair para 16º lugar na passagem ao largo das Canárias, devido em boa parte à irregularidade dos ventos, estava hoje de manhã já em 12º e a andar já próximo dos 7 nós.

sábado, 3 de outubro de 2009

Partiram


Com o Funchal cinzento, e cheio de nuvens, a frota da Transat 650 La Charente-Salvador da Bahia, já se fez ao mar para a segunda etapa desta emocionante travessia oceânica. Como já tinha acontecido na primeira etapa, Francisco Lobato voltou a partir bem e ao começo da noite seguia em terceiro lugar da classe de barcos de série.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Bavaria (re)vendida


Menos de dois anos depois de ter sido comprada pelo fundo de investimentos Bain Capital, a Bavaria Yachts, o maior fabricante de veleiros alemão e o segundo maior do mundo depois da Beneteau-Jeanneau, acaba de ser vendido novamente, desta feita a dois outros fundos de investimentos, a Oaktree Capital Management e a Anchorage Advisors. Embora não tenha sido dada nenhuma explicação oficial para esta segunda venda num espaço de tempo tão curto, na Alemanha especula-se que a venda terá tido a ver com a quebra abrupta do mercado de veleiros pouco tempo depois da compra pela Bain Capital, a qual tinha comprado a Bavaria por 1,3 biliões de euros e a vendeu agora por 300 milhões de euros. Segundo alguns distribuidores da Bavaria, a venda vai permitir aos novos accionistas recapitalizarem o estaleiro o que vai contribuir para continuar com a actual política de restruturação da frota com a Bruce Farr e que já envolveu o lançamento de dois barcos totalmente novos, o Bavaria 55 e o 32, estando previsto para 2010 o 45.

Vento de sudoeste no Funchal


Ninguém esperava, mas é o que vai acontecer, a menos que aconteça algum milagre. A pouco mais de 16 horas da largada da segunda etapa da Transat 650 que vai ligar o Funchal a São Salvador da Bahia, os 83 velejadores ainda em prova vão apanhar pela frente, vento de sudoeste o que vai fazer com que, ao contrário da primeira etapa em que a frota seguiu quase a mesma rota, desta feita, ela vai desfazer-se mal se passe a bóia de desmarque da largada.