terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Tecnicamente genial, mas pouco mais


Depois de dois anos e meio de discussões nos tribunais e fora deles, a 33ª America's Cup lá teve lugar em Valência. Tanto na primeira como na segunda regata, o BMW Oracle/America 17 não deixou margens para dúvidas sobre qual o melhor barco em prova. Na primeira ganhou ao Alinghi 5 com uma vantagem de 15 minutos e 29 segundos (num percurso de 40 milhas) enquanto na segunda (com 39 milhas) ficou-se por cinco minutos e 25 segundos. Para quem, no entanto, se lembra das últimas America's Cup com vários monocascos a competir uns contra os outros, metro a metro e prova a prova, e depois com uma final a dois, a edição deste ano ficou muito longe das emoções do que é uma America's Cup "a sério". Valeu a genialidade técnica dos responsáveis pela concepção dos dois barcos, sobretudo a equipa do America 17 com a sua ideia, bem conseguida, de substituírem a vela grande por uma asa gigante que permite ao barco fazer mais de 20 nós em oito de vento aparente. Resta-nos a esperança que Larry Elison, o todo poderoso patrão da Oracle, armador do America 17 e, em última instância, o homem que vai decidir o figurino da próxima edição, opte porque ela seja novamente uma America's Cup à antiga: com barcos, muitos barcos, e com regatas, muitas regatas.

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