domingo, 27 de dezembro de 2009

Só para adoradores de ondas


Aqui nos Lisboa, o céu está azulinho, azulinho e não se vê vento a cirandar por aí, mas se as previsões não falharem, de segunda para a frente as coisas vão estar bem diferentes. Vamos ter chuvinha, ventix, e mar. Muito mar. No Ocean Prediction Centre, as indicações são de "Storm". No Weather On Line, a altura prevista do mar junto à costa oeste é de oito a nove metros, na região centro. E o WindGuru fala de ventos de quase 30 nós para quarta-feira e ondas também entre os oito e os nove metros (as mais altas parecem ser perto de Peniche). Não vai ser provavelmente nenhum recorde de altura mas há uns tempos que ando a seguir isto do tempo e desde então não me lembro de ver ondas de nove metros aqui na costa oeste. Para quem lhe tem respeito mas gosta de o ver no seu pleno, vai ser um espectáculo a não perder!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Por um triz!


Quem vai para o mar sabe que o deixar terra envolve riscos e que em casos mais arriscados, ou com menos sorte, o risco pode ser a própria vida. Sabemos disso e no entanto aceitamos o jogo do mar, senão todos os dias, de vez em quando. O que não esperamos é que a falta de sorte ligada ao mar nos venha bater à porta em terra. Mas, literalmente falando, foi o que aconteceu com os donos de 22 barcos que se encontravam na Marina do Freixo, na cidade do Porto, e que foram ao fundo com o rebentamento dos pontões que os seguravam, tudo isto no seguimento das cheias biblícas ocorridas ontem no rio Tinto, o qual vai desaguar mesmo junto à marina. Os brasileiros têm uma expressão para isto, "puta azar". E é mesmo. 22 barcos a irem ao fundo numa marina! No meio de tanto azar, tenho que me considerar um felizardo. Tive o Honda Marine IV durante dois meses na Marina - da qual, aliás, só tenho a dizer bem - e há nove ou dez dias atrás, resolvi voltar com ele para o mar, aproveitando a micro-janela de tempo "so so" que se pôs por essas alturas. Se lá tivesse ficado, é muito provável que o dito cujo também tivesse ido para o fundo do Douro. Brrrr.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Pronto para partir outra vez


Tirando amanhã de manhã, e mesmo assim com umas boas reticências, o tempo não se apresenta famoso nos próximos dias para o Honda Marine IV se fazer ao mar para a última etapa do projecto Por Mares e Rios de ligar toda a costa portuguesa, e entrar em todos os rios navegáveis, num semi-rígido, em solitário ou quase. Mas que vontade de me fazer ao mar não me falta, não falta não. Sair da doca de recreio de Peniche, ir até às Berlengas (caso seja possível), passar pela Ericeira, Cabo da Roca, Guincho, o Raso, e voltar com o barco a Cascais de onde parti há uns meses atrás, é extremamente tentador. Como é possível que até tenha dificuldade em concentrar-me noutras coisas só de pensar nesta etapa final que vai ter pouco mais de 40 milhas? Assim como é possível que já esteja a pensar em dois novos projectos, também em semi-rigido - um no Atlântico e outro no Mediterrâneo? Decididamente, se tudo correr bem até ao fim deste - e agora já falta tão pouco - não terá sido daquelas experiências que chegou a primeira!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Peniche City



Depois de quase dois meses de sistemas frontais atrás de sistemas frontais, a alta pressão que se "pôs" em cima da Península entre sábado á tarde e hoje de manhã, permitiu alguma acalmia do mar e o Honda Marine IV lá se fez novamente ao mar. Desceu no domingo do Porto até à Figueira da Foz e ontem veio da Figueira até Peniche. Era para seguir até Cascais mas, sobretudo ontem, o mar estava agreste, e foi ficando cada vez mais agreste com o passar das horas pelo que o trecho Peniche - Cascais, o último que falta para completar a volta a Portugal de semi-rigido, fica para daqui a uns dias. Como registro ficam muitos bons momentos mas há um, em particular, que me surpreendeu. As chamadas "covas" junto ao Cabo Carvoeiro. Nunca tinha visto nada assim. O mar já estava com alguma ondulação e o rebentamento de alguma espuma. As vagas vinham de NE, primeiro com 1,5 metros de altura, depois 2,0 e já perto do Carvoeiro com uns 2,5 metros, mas juntamente com isto tínhamos mareta de NE provocada pelo vento siberiano da alta pressão. Parecia um pouco o trecho de Tróia para Sines há uns meses atrás, mas menos violento. Fázivel, quase no limite. O que não esperava eram as tais covas. A junção de dois grupos de ondas, seguido da junção de dois grupos de cavas. Quando dei por mim, a onda tinha uma crista bastante mais alongada que uma onda normal, e a cava era tão grande que o HM IV cabia todinho lá dentro. Brrr. Felizmente só durou uns breves momentos. 10 segundos, 30, 60? Chegar à enseada de abrigo de Peniche soube tão bem...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ele (também) quer atravessar o Atlântico em solitário



Chama-se Geoff Holt, é um inglês paraplégico e, à semelhança de qualquer um de nós, também tem sonhos, sonhos náuticos. E o dele é nada mais nada menos que ser o primeiro paraplégico no mundo a atravessar o Atlântico em solitário. E, no que mostra que os teimosos e obstinados por vezes também vencem, conseguiu os patrocínios necessários para a construção de um catamarã de 18 metros especialmente concebido para ele e a sua cadeira de rodas, e está apenas à espera de uma janela de tempo razoável para se fazer ao mar. Espera conseguir completar a travessia em 30 dias e a única ajuda que vai ter é a de um enfermeiro, o qual vai unicamente ajudar Geoff em tarefas básicas diárias sem qualquer interferência na mareação do barco. Se a viagem em si já seria interessante de ser seguida, realizando-se em plena época invernal vai ser mais interessante ainda.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O brinquedo mais recente


Chama-se "Eclipse", tem 557 pés (o que faz dele o maior barco de recreio do mundo), está a acabar de ser construído no estaleiro Blohm + Voss em Hamburgo e é o mais recente iate de do multimilionário russo Roman Abramovitch. Não se conhecem ainda muitos dos seus detalhes, nomeadamente a motorização, mas em termos de interiores, o Eclipse vai ter, entre outras coisas, uma estação anti-mísseis, um submarino, diversas divisões (entre elas a master cabine do barco) blindadas, e vidros à prova de bala. Em matéria menos bélica, o barco vai ainda ter duas piscinas, um ginásio, spa, dois heliportos, e vários barcos de apoio. Quanto ao custo, essa é a grande incógnita. Há quem fale em 280 milhões de euros, há quem fale em 400 milhões, e há quem fale em um bilião. Com este barco, Abramovitch passa a ter um total de quatro iates, todos eles pouco pequenos!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Vem aí o caça-piratas


O seu nome oficial é LO-A e foi concebido de raiz pela marina norte americana para caçar piratas. Entre as suas muitas originais caracterísicas, destaca-se o casco, similar ao dos catamarans à vela, a velocidade de ponta - aproximadamente 60 nós - e a quantidade de armamento que pode levar a bordo, incluindo torpedos, misséis terra-terra, mísseis terra-ar, barcos anfíbios, helicópetos e outros. A marinha norte-americana já encomendou 60 unidades do mesmo (a 200 milhões de dólares/unidade) o que nos faz pensar que o problema da pirataria no Corno de África, pode ir a estar definitivamente resolvido.

domingo, 22 de novembro de 2009

Frentes, pressões, depressões e outros


Tenho sempre receio de fazer cursos de formação. De dia nem pensar mas mesmo à noite, arranjo 50 desculpas para não faze. É mais importante ficar a trabalhar (mesmo às 21-22.00?), tenho 500 outras coisas para fazer, os neurónios já não funcionam como há 20 anos atrás, o dinheiro está curto, etc, etc. Mas o de meteorologia que o ANC está a levar a cabo, e que já é o segundo do género, não podia perder. Imagino sempre que um dia vou estar no meio do mar e que posso lá ficar porque não interpretei bem uma previsão do tempo, ou uma carta de isóboras ou isto ou aquilo. Já vai a meio e confesso que apesar de uma vez ou outra já lá ter estado meio a dormir, está a valer cada minuto do dito cujo. O tema é espectacular, os professores ajudam, e alguns colegas têm comentários que nos deixam bem acordados até ao fim das aulas. Mas o mais curioso é que com tudo o que já lá aprendi, quase passava ao lado de um princípio básico de meteo que me foi ensinado na quarta classe e que só me voltou à cabeça porque hoje me pus a ler um livro sobre o tema. Dizia o mesmo, logo no primeiro parágrafo, em tom de revisão de matéria, que "Convém não esquecer que o ar é aquecido principalmente não tanto pelos raios solares directos mas sim pela reflexão dos mesmos na superfície da Terra. Claro, meu!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Missão abortada


Há quase três semanas que andava a contar poder fazer esta semana mais uma etapa do projecto Por Mares e Rios com o Honda Marine IV, do Porto para Aveiro. A depressão que afectou o ar e o mar até segunda-terça feira foi-se e a próxima, que se anuncia mais forte que a anterior, só deve chegar quinta ao fim do dia. As previsões de pormenor, porém, assustaram-me. O Windguru mostra o tempo de feição na quinta de manhã - ventos fracos e ondulação de um metro - mas o site do Instituto de Meteorologia não é tão simpático. Dá uma ondulação de 2,0 metros - no limite do aceitável mas - e isto é que me assustou - ventos do quadrante sul de quase 20 nós, já a meio da manhã e a intensificarem-se para o resto do dia. É pena, estava mesmo com vontade de ir para o mar, mas a experiência da etapa do mesmo projecto, há uns meses atrás, da ida de Tróia para Sines com ondas de oeste com mais de 2,5 metros, algumas delas a rebentar, tirou-me o entusiasmo por me fazer ao mar neste "barquinho" com um tempo destes. Se fosse imprescindível, ia, mas como não vou apanhar nenhum comboio. e como dias mais calmos hão-de vir, é melhor esperar um pouco mais.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Casa nova


O Blue Seven tem uma nova morada. Durante três meses a sua casa vai ser a nova marina do Parque das Nações onde o barco e a Db vão viver o espírito da nova marina. A chegada à mesma teve lugar no domingo passado com o seu novo skipper, Rui Silva, aos comandos. Com ventos do quadrante oeste na casa dos 23-26 nós, a entrada não se adivinhava fácil mas para surpresa geral da tripulação, a marina está bastante bem protegida e correu tudo pelo melhor. Para quem, como nós, tinha a ideia da marina como aquela zona lamacenta e pouco hospitaleira, chegar lá e ver como está muito, mas muito mesmo, diferente, para melhor, foi como chegar à Doca do Espanhol e vê-la bonita sem obras de contentores.

Perdido

As histórias sobre o que se passou com o St Marteen, o ketch holandês que encalhou junto à foz do rio Minho há poucos dias atrás são mais que muitas mas o seu final, esse, infelizmente, não deixa dúvidas: o barco foi completamente destruído pelo mar. Após alguma pesquisa jornalística, e curiosista também, há alguns pormenores do naufrágio que se começaram a tornar claros, embora haja outros que não têm ainda, e talvez nunca vão ter, explicação. O barco dirigia-se de Vigo para a Figueira da Foz e tentou entrar no rio pela entrada sul da barra, por dentro da Ínsua Grande. Terá batido numa das várias rochas que há nesta entrada - que mesmo assim é melhor que a entrada norte - e quando tentou safar-se terá sido deitado por uma onda, os seus dois tripulantes deixando então de ter o controlo do barco. O barco terá depois ido parar ao areal a sul da barra e com o mar que estava, em poucos dias perdeu-se. Assim se perde um barco que, ao que tudo indica, era uma preciosidade com 40-50 anos.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

La Rochelle et environs


Quarta visita a La Rochelle e arredores, quarto encanto com a região, os monumentos, os barcos, e as gentes também. É longe pra burro de Paris mas que vale a pena, vale. E que aqui, talvez melhor que em qualquer outro lugar de França, dá para perceber a grande paixão que os franceses têm ao mar, dá sim. Barcos nem dá para os contar. São centenas e centenas, milhares. Em marinas e portos de abrigo mais antigos, em marinas mais modernas, dentro de água e a seco. E como as visitas têm sido sempre em trabalho, para além do lado lúdico, em todas estas vindas, tenho tido a fantástica oportunidade de ver alguma novidade mundial, seja em monocascos ou catamarans. Desta feita foi o Taiti 80, o novo "porta-aviões" da Fontaine Pajot para passeios turísticos. Não é um barco de recreio na acepção clássica da palavra, é verdade - é comercial - mas é simpático na mesma e pode custar a acreditar mas leva até 100 pessoas. Penso que quando estiver pronto - o seu lançamento está previsto para Abril de 2010 - deverá ser o veleiro com maior lotação de passageiros a nível mundial. Fantastique. Para já não dá para ver muito do barco, e como tal, a foto que resolvi deixar como recuerdo desta visita foi uma da que tirei em Rochefort, uma antiga cidade da marinha de guerra francesa, no tempo dos barcos à vela "soit disant", e que tem charme como só as terras portuárias da Charente e da Bretanha sabem ter!

sábado, 7 de novembro de 2009

Gosh



Há três semanas, com o o Rui Silva do "Blue Seven" e a Carolina Oliveira, subi e depois desci o rio Minho. Deixámos a Carolina em terra e os dois saímos para o mar, em direcção ao Porto onde chegámos já lusco-fusco. Na altura, a saída da barra do rio meteu-nos aos dois um bom bocado de respeito. Mesmo não havendo dúvidas sobre a localização da Ínsua Grande e a Ínsua Pequena, e mesmo sabendo-se que a saída só pode ser feita quase na preia-mar, rumo a noroeste, na barra propriamente dita só se vê areia por todo o lado, e depois, já no mar, sente-se que lá por baixo há rochas não muito longe do casco. Pois há poucos dias atrás, este líndíssimo ketch ficou lá preso. Segundo o António Madaíl do "Veronique", a quem se deve a foto, a tripulação terá conseguido salvar-se mas o ketch ter-se-á perdido. Uma coisa daquelas calará quanto? Pelo menos dois metros, não? Quem se lembra de entrar, em Novembro no Minho com uma coisa daquelas? Umas seis milhas a norte, o barco tinha La Guardia e umas 12 milhas a sul tinha Viana do Castelo. Como dizem os ingleses, "Gosh"!

O espírito do Wilma


Tanto quanto sei o espírito do Wilma é único em Portugal. Um barco que pertence não a uma ou duas pessoas, nem a três ou quatro, mas a 24, reunidos em torno da associação Meridiano 10 e que já funciona há uns anos, com regras bem definidas. Hoje, de passagem pela Marina de Oeiras, fui apanhar o barco a chegar de mais uma saída. Ao que parece, sai quase todos os fins de semana do ano fazendo dele, muito provavelmente, o veleiro com mais saídas naquela marina e em toda a grande Lisboa. Desta feita tinha três "wilmistas" a bordo, a Lucília Luìs (à direita na foto), o Rui Rodrigues e a Ana Trindade. Os quais, como se pode ver pelo cabelo delas, apanharam vento à séria. Mesmo tendo ido passear para dentro do rio!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tão bonita e ali tão escondida


Alhandra. Tive que lá ir e como sempre faço quando lá vou, fui cumprimentar o Tejo que ali é bem diferente do Tejo de Lisboa. Mais campestre, mais calmo - quando não lhe dá na telha - mas muito bonito também. Sempre com algum barco de auto-construção dentro de água ou a seco. E agora, também, lugar de boas memórias, da minha primeira subida do Tejo. Difícil esquecer o pequeno almoço que lá tomei no sábado ou domingo de Páscoa quando desci o rio sozinho. Eram oito da manhã e bebi um dos melhores cafés da minha vida. Até à próxima, terra bonita.

O gajo é mesmo especial


Jantar da Tertúlia Vélica ontem no restaurante da ANL, em Lisboa. Homenagem ao Francisco Lobato, pela sua espectacular Mini Transat 650 terminada há poucas semanas atrás e em que o "nosso" homem ficou em primeiro lugar na classe de barcos de série. 130 velejadores presentes. Ao que parece um recorde para uma Tertúlia Vélica. Foi engraçado. Já há uns tempos que não ia a estes jantares. E ouvir o Francisco falar das suas aventuras numa prova destas, e da preparação a qual foi outra aventura - seis meses antes do começo da prova ele não tinha ainda a certeza se conseguia juntar os fundos necessários para a fazer - foi deveras interessante. A forma como ele falou das condições do mar, do cansaço, das incertezas sobre as posições dos outros concorrentes, tudo aquilo pode dar a ideia que a Transat foi canjoca. "Pus um rizo no spi e o barco voava a 16, 17 nós. Com ondas de cinco seis metros pela popa e algumas a rebentar com espuma de dois metros, dava algum medo. Mas consegui passar este, este e este concorrentes e quando amanheceu já estava em primeiro". Grande Francisco. A ver se o homem consegue agora vingar também nos Figaro.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O herói do dia


A subida do Douro do Honda Marine IV inserida no projecto Por Mares e Rios, teve, como tudo o que mete mar em particular e água em geral, as suas peripécias. E uma delas, que nos ia complicando a vida, foi a falta de gasolina do Pinhão para cima, até Espanha. Esperávamos que houvesse uma ou outra bomba perto das margens do rio mas tudo por onde passámos estava fechado, desactivado, sem gasolina ou algo assim. Quando chegámos a Barca de Alva, já mesmo a tocar em Espanha, esperávamos que lá houvesse alguma bomba. Afinal era, e é, a terra mais importante junto ao rio, desde o Pinhão. Mas não. A única bomba ficava a 18 quilómetros dali, na aldeia do Escalhão. E tínhamos uma hora para lá ir. Depois disso já não íamos conseguir chegar de volta ao Pinhão com luz do dia. Íamos ter que ficar "acampados" algures a meio do rio. Nada agradável. Arranjou-se o telefone da estação de serviço mas nem pensar em virem a Barca de Alva. Só se fosse para um abastecimento mínimo de 200 litros. Tentou-se arranjar um táxi para lá ir, mas nem pensar. Em Barca de Alva não há táxis. Tentou arranjar-se um particular que lá nos levasse mas ninguém parecia muito interessado. Até que conhecemos o Sr Benjamim o qual depois de nos falar nos problemas todos que podia ter em nos ajudar disse duas palavras mágicas: "Venha daí". Ainda hesitei mas as chatices de ficarmos sem gasolina no meio do rio eram tantas que lá fui com ele. Fomos, voltámos, tudo em contra-relógio, e quando nos despedimos, e lhe perguntei quanto devia pelo tempo e gasóleo que tinha gastado, não queria aceitar nada, e não queria mesmo. Ele que também há-de sofrer por só ter combustíveis a 18kms de onde mora. Ganhei um amigo barcófilo para o resto da vida naquele canto de Portugal!

60 metros de mastro ao mar


Ainda são só treinos, mas assusta. O mastro do BMW Oracle, o catamaran de 90 pés que vai defrontar o Alinghi na próxima America's Cup, partiu-se na terça-feira à tarde na baía de San Diego, na Califórnia, quando o barco se encontrava a realizar testes de mar. Ninguém ficou ferido e tanto o barco como o mastro partido, com 60 metros, foram rebocados de volta à base da equipa pelos semi-rígidos que normalmente acompanham o BMW Oracle nas suas saídas de mar. Para além deste mastro, que terá custado cerca de 10 milhões de euros, o BMW Oracle tem dois outros de reserva pelo que é de supor que este contratempo não vai provocar grandes atrasos no programa de treinos. De acordo com o skipper Jimmy Spithill, o importante agora é tentar perceber porque é o que o mastro partiu e voltar o mais depressa possível para a água.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vivó Douro


Depois de um intervalo de quase quatro meses, o projecto Por Mares e Rios (PMR) de se fazer toda a costa continental de Portugal e todos os rios navegáveis num semi-rigido, voltou "à estrada", ou melhor falando, voltou à água. Foi há 15 dias, graças à carolice do Rui Silva, que se prontificou a levar o Honda Marine IV de Albarraque, a sede da Honda Portugal, para Caminha, onde estava previsto começar a segunda parte do projecto (a primeira, entre Cascais e Vila Real de Santo António, com subidas do Tejo, Sado, Mira, Arade, Gilão e Guadiana pelo meio foi realizada entre Abril e Junho). O Minho, Lima e a entrada no Douro foi feita há duas semanas, e a subida e descida do Douro teve lugar no fim de semana passado. Subida que, na sua maior parte, não estava prevista no projecto inicial do PMR mas que acabou por se fazer até Barca de Alva, na fronteira do Douro português com o Douro internacional (os cerca de 50kms de rio que na margem norte são portugueses e na margem sul já são espanhóis). E que espectacular foi. Se antes de fazer esta parte do projecto já tinha ideia de depois fazer um livro sobre a viagem, isso agora tornou-se quase um "must". Vamos ver.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Lobato com rota própria

Quem conhece minimamente Francisco Lobato sabe que ele nunca se contenta com o mais ou menos. Prefere sempre arriscar um pouco mais que os outros. E nesta segunda etapa da Transat 650 também está a ser assim, sobretudo em matéria de rotas. Desta feita, e já de há uns três dias para cá, Lobato tem-se afastado da frota seguindo quase mais meio grau por oeste. Até agora a sua estratégia funcionou. Graças em boa medida a esta outra rota, que se situa na casa dos 07.25'W comparativamente a 06.40'W da maioria da frota, Lobato tem vindo a aproximar-se do trio da frente nos barcos de série o qual é composto pelo francês Charlie Dalin, o italiano Ricardo Apolloni e o francês Xavier Macaire, encontrando-se agora a 23 milhas da frente. A sua evolução, porém, depende muito de como ele, e os outros velejadores deste pelotão da frente, consigam ultrapassar a zona de convergência intertropical à qual os quatro deverão chegar ainda hoje. Mas a julgar pelos seus colegas dos protótipos, que seguem umas 100 milhas à frente deles, esta zona, que muitas vezes provoca abrandamentos súbitos de vento, desta feita poderá não se fazer sentir na frota.

sábado, 10 de outubro de 2009

Adivinhe em que lugar ele está

Pois é, o amigo Lobato não pára de nos pregar partidas. Depois de uma espectacular primeira etapa, arrancou bem na segunda, depois caiu, caiu, e caiu até chegar a andar em 16º (na classe de série), e desde há dois dias começou a subir outra vez, estando há pouco tempo atrás já em terceiro lugar, sendo que nas últimas 24 horas, o seu ROFF/TMN, com uma velocidade média de 8,66 nós, foi o barco de série mais rápido dos 48 barcos da sua classe, e o segundo de toda a frota (barcos de série mais protótipos). Oh la la!

As novas regras da VOR



A organização da Volvo Ocean Race publicou ontem as novas regras que deverão ser cumpridas pelos participantes da próxima VOR, que terá lugar em 2010/11. E entre elas, há algumas que são, no minimo, uma surpresa. Uma diz respeito aos barcos por equipa. Cada uma só vai poder ter, no máximo, um barco. Outra novidade diz respeito a velas. As de proa vão ter que ser de enrolar. E as outras, quando não estiverem em uso, vão ter que ficar guardadas no centro do barco, ou nas suas cabines. Cada barco vai poder ter no máximo 17 velas. No tocante a tripulações, cada barco com tripulação masculina pode ter no máximo 11 tripulantes, incluindo um jornalista. Para os barcos de tripulação feminina, o limite é 14 tripulantes. O limite de peso de cada barco vão ser 14.500kgs, dos quais 7400kgs são na quilha. Em termos gerais, a preocupação geral parece ser na poupança de custos, de modo a tornar esta grande prova de circum-navegação mais competitiva e participada.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Á espera de melhores ventos

Charlie Dalin, o inglês que segue destacado à frente da Transat 650 nos barcos de série, com quase 50 milhas de avanço sobre o resto da frota, poderá estar em risco de ser apanhado pelo pelotão da frente da mesma. Tudo porque a rota seguida por ele, claramente mais a oeste que o resto da frota, beneficiou-se de ventos constantes até agora mas tem pela frente uma zona de calmarias, ao contrário do resto da frota que está já a começar a apanhar ventos de 15 a 20 nós de popa. Caso não haja mudanças de tempo, podemos ter mudanças na frente da prova. Francisco Lobato que partiu bem e depois chegou a cair para 16º lugar na passagem ao largo das Canárias, devido em boa parte à irregularidade dos ventos, estava hoje de manhã já em 12º e a andar já próximo dos 7 nós.

sábado, 3 de outubro de 2009

Partiram


Com o Funchal cinzento, e cheio de nuvens, a frota da Transat 650 La Charente-Salvador da Bahia, já se fez ao mar para a segunda etapa desta emocionante travessia oceânica. Como já tinha acontecido na primeira etapa, Francisco Lobato voltou a partir bem e ao começo da noite seguia em terceiro lugar da classe de barcos de série.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Bavaria (re)vendida


Menos de dois anos depois de ter sido comprada pelo fundo de investimentos Bain Capital, a Bavaria Yachts, o maior fabricante de veleiros alemão e o segundo maior do mundo depois da Beneteau-Jeanneau, acaba de ser vendido novamente, desta feita a dois outros fundos de investimentos, a Oaktree Capital Management e a Anchorage Advisors. Embora não tenha sido dada nenhuma explicação oficial para esta segunda venda num espaço de tempo tão curto, na Alemanha especula-se que a venda terá tido a ver com a quebra abrupta do mercado de veleiros pouco tempo depois da compra pela Bain Capital, a qual tinha comprado a Bavaria por 1,3 biliões de euros e a vendeu agora por 300 milhões de euros. Segundo alguns distribuidores da Bavaria, a venda vai permitir aos novos accionistas recapitalizarem o estaleiro o que vai contribuir para continuar com a actual política de restruturação da frota com a Bruce Farr e que já envolveu o lançamento de dois barcos totalmente novos, o Bavaria 55 e o 32, estando previsto para 2010 o 45.

Vento de sudoeste no Funchal


Ninguém esperava, mas é o que vai acontecer, a menos que aconteça algum milagre. A pouco mais de 16 horas da largada da segunda etapa da Transat 650 que vai ligar o Funchal a São Salvador da Bahia, os 83 velejadores ainda em prova vão apanhar pela frente, vento de sudoeste o que vai fazer com que, ao contrário da primeira etapa em que a frota seguiu quase a mesma rota, desta feita, ela vai desfazer-se mal se passe a bóia de desmarque da largada.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Dá para sonhar


Não estamos lá, mas só saber que esta semana está a ter lugar em Cannes a décima edição da "Voiles de Saint Tropez", a semana de regatas de veleiros clássicos com mais pregaminhos a nível mundial, já é maravilhoso. Entre os barcos presentes contam-se alguns dos veleiros clássicos mais bonitos do mundo incluindo o Senso One (ex-Mari Cha IV), Shamrok V, Moonbeam III e IV e outros. Na lista de barcos inscritos que foi tornada publica pela organização figura ainda uma escuna de nome "Creole" com 60 metros de comprido que, eventualmente poderia ser a nossa "Creola".

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Velejadoras tugas em oitavo

A equipa portuguesa feminina de match racing liderada por Rita Gonçalves e composta também por Mariana Freiras, Ingrid Fortunato, Catarina Costa e Diana Neves classificou-se em oitavo lugar - entre 12 concorrentes - no Caixanova Women Match Race que teve lugar no fim de semana passado em Vigo.

Lobato em segundo no prólogo do Funchal


Francisco Lobato e o ROFF/TMN voltaram a dar nas vistas, desta feita na regata do prólogo da segunda etapa da Transat 650 que teve lugar no sábado no Funchal com ventos muito fracos, da ordem de dois a quatro nós. Fazendo equipa com Renato Conde e Teresa Cunha, Francisco alcançou o segundo lugar da geral na regata (a 20 segundos do primeiro barco, um protótipo), na qual, ao contrário das duas etapas propriamente ditas, protótipos e barcos de série correram numa classe só. Dado o peso menor dos protótipos - cerca de 300 kgs a menos - e a sua maior área vélica, este segundo lugar do ROFF/TMN é mais uma prova da grande forma em que se encontra tanto o barco como o skipper. Segundo Renato Conde, que se encontra na Madeira como assessor técnico do barco, para além da competição em si, a prova serviu também para testar algumas afinações feitas no barco durante esta estadia na Madeira, as quais mostraram estar a funcionar sem problemas.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

E que tal um recorde do mundo?

Pois é. O Hydroptere, o trimarâ que tem batido vários recordes de velocidade um pouco por todo o lado, acaba de estabelecer mais um, o do barco à vela mais rápido do mundo. O recorde foi batido em Hyeres, há poucas semanas atrás, tendo o Hydroptere conseguido fazer uma velocidade de 51,36 nós durante 500 metros, com ventos de 28 nós e mar com ondulação de 0,5 a 1,0 metro. Se gosta de emoções na água, veja aqui connosco o video do recorde.

Só falta sentirmos o sal na cara

Enquanto os dois primeiros dias da quinta etapa do Audi Medcup em Cartagena foram para esquecer, o terceiro dia foi de loucos, ou quase. Ventos de 25 a 30 nós, ondas de dois metros e um andamento demolidor. O Fly Emirates foi o grande senhor do dia mas o "nosso" Bigamist VII, com um brilhante segundo lugar, também esteve fora de série. Este video, "pescado" do YouTube mostr um pouco o andamento da frota destes verdadeiros Formula I dos mares.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

São duas provas diferentes


Entrevistado ontem pela DoBarco sobre o que foi esta sua primeira etapa da Transat 650, Francisco Lobato deixou-nos algumas impressões extremamente interessantes desta sua epopeia. Mas deixou no ar uma chamada de atenção a todos os seus admiradores: "Não confundam os barcos de série como o meu como os protótipos. Não tem comparação possível. Cheguei ao Funchal na frente de quase todos os protótipos devido à conjugação de uma série de acontecimentos únicos. Mas a prova deles é uma, e a nossa, dos barcos de série, é outra. A minha grande preocupação é chegar a São Salvador na frente de todos os outros barcos de série. Os protótipos têm a regata deles e as classificações deles. Não tem nada a ver connosco".

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O novo campeão?


Depois de dois anos a ganhar quase tudo o que havia para ganhar nos Açores, o Xcape de Luís Quintino, um Dufour 40 Performance Plus, vai dar lugar a outro Xcape que promete ser ainda melhor. Trata-se também de um Dufour Performance Plus mas desta feita do novo 45. O barco era para ter chegado a Portugal há cerca de um mês atrás a tempo de participar ainda no Quebramar Chrysler mas atrasos na produção só permitiram que ele chegasse esta semana a Lisboa onde está a ser montado para depois seguir por mar para os Açores. "Foi pena termos perdido a oportunidade de participar na prova de Cascais.", diz Luís. "É preciso ter sorte e muito depende da tripulação mas penso que podíamos ter feito um bom resultado". O único outro Dufour 45 que existe para já em Portugal, o Blue Energy, ficou em terceiro lugar no Quebramar Chrysler, tornando-se o primeiro barco de produção a alcançar um lugar no podium nos últimos anos nesta importante regata.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

E o grande assunto à volta da Transat é?... O Lobato!

Cá em Portugal pouca gente deu pelo facto. Tirando o "Correio da Manhã" e a "Bola", nenhum outro jornal nacional falou minimamente da brilhante vitória do Francisco Lobato, na primeira etapa da Transat 650, na classe de barcos de série. Mas lá fora é diferente. Em França, por exemplo, a grande questão nos sites e blogs ligados à vela já nem é tanto quem ganhou ou quem deixou de ganhar nesta primeira etapa da prova. A grande questão prende-se com o perceber como é que Lobato conseguiu chegar à frente de todos os protótipos menos um, e de como é que ele conseguiu dar um avanço de 22 horas a ... o segundo classificado na sua classe. E as teorias abundam. Segundo uns ele (Lobato) "acordou mais cedo que os outros concorrentes da prova para os ventos fortes que acompanharam a Transat praticamente até ao Cabo Finisterra, enquanto para outros o desempenho fora de série do nosso compatriota teve mais a ver com a ligeireza e fragilidade dos barcos protótipos com carbono. E há também quem diga que Lobato teve foi sorte. Será que ninguém ainda se vai lembrar de dizer que ele talvez tivesse um mini-motor escondido na quilha?

sábado, 19 de setembro de 2009

Chegou!


Não deu para ser o vencedor absoluto desta primeira etapa da Transat 650 mas até que nem foi mau. Primeiro nos barcos de série e segundo na geral, a duas horas do vencedor absoluto, Bertrand Deslenes, é - verdade seja dita - fantástico. Só tenho pena de duas coisas. Uma é que não haja outros portuga em prova. Nem que o outro estivesse em último. Era estupendo e voluntários penso que não faltam. Mas arranjar os fundos necessários para se entrar numa prova destas não é fácil. Que o diga o inglês Charlie Dalin, o velejador que seguia atrás de Francisco e que, caso não haja azares, deverá ser o segundo na classe, o qual tem como patrocinador principal a enigmática frase "Cherche sponsor" (patrocinador procura-se). E depois é uma pena também que a nossa comunicação social ligue tão pouco ao feito do Francisco. Parece que as várias televisões e os grandes jornais nacionais tinham os correspondentes locais à espera dele à chegada. Tomara que sim. Mas se o homem fosse espanhol, francês ou inglês, os telejornais da hora do almoço teriam aberto com a notícia da chegada dele à Marina do Funchal. Aqui, só vi falar-se das eleições, do Benfica e do Porto, e dos Gatos Fedorentos. Meu querido país!

À espera deles


Não obstante as previsões apontarem para que durante a noite os ventos fracos de nordeste subissem um pouco, até agora não há sinal disso. Os últimos dados da frota da Transat 650 indicam que os homens da frente continuam a progredir muito devagar, nenhum deles tendo conseguido nas últimas 24 horas fazer uma média superior a três nós. Em face disto, a incerteza sobre quem chegará à frente continua. Bertrand Deslenes continua cerca de 10 milhas à frente de Francisco Lobato e Paul Schipman (que durante a noite conseguiu ultrapassar Thomas Ruyant) e todos eles seguem a uma velocidade muito próxima uns dos outros, na casa dos 2,8 nós. A chegada dos quatro, e de uma boa parte do resto da frota, vai ter lugar hoje mas a que horas? Se o vento subir pode ser depois de almoço, mas se se mantiver teimosamente fraco como está pode só ser ao final da tarde ou mesmo ao começo da noite, fazendo desta primeira etapa da Transat 650 uma "maratona" de quase seis dias. Ps Repare-se no mar de azeite da foto que acompanha esta mensagem, a qual foi tirada há poucos minutos atrás do jardim do Casino.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

De madrugada


Com a queda de vento devido ao anticiclone que se encontra estacionário na região, a frota da Transat 650 só deverá começar ao chegar ao Funchal a partir das 01.00 de sábado ou mesmo um pouco mais tarde. Aquando da última verificação de tempos, às 13.00 de hoje, Francisco Lobato seguia em primeiro lugar na categoria de "Séries", e em segundo da geral, 10 milhas atrás do primeiro "Proto", de Bertrand Deslene. Á velocidade média que a frota estava a circular, 4,0 nós, a diferença traduz-se em cerca de 2,5 horas quase nada no começo ou no meio da etapa mas muita coisa quando os dois estão a pouco mais de 50 milhas da Marina do Funchal. Quem aguentar ficar acordado até de madrugada, saberá em primeira mão quem vai chegar à frente.

E o vento caiu


Pode acontecer de tudo. É o que se poderia dizer das cerca de 90 milhas que separam o pelotão da frente da Transat da Marina do Funchal. Um anticiclone estacionado pelas alturas do arquipélago fez baixar vertiginosamente o vento e não se espera que nem nos "protos" nem nos barcos de série se consiga fazer médias superiores a 3,5 - 4,0 nós. Em vista disso, tudo pode acontecer. As posições actuais podem manter-se mas também algum dos aspirantes ao podium na Madeira pode apanhar um "túnel" de vento. E se isso acontecer, o que é sempre possível, qualquer um, inclusive alguém que nem está na frente, poder ser o primeiro.

5,8 milhas


Por volta das quatro, cinco da tarde, os primeiros concorrentes da Mini Transat La Charente - Salvador devem começar a chegar ao Funchal. E a grande questão que para nós portugueses se põe é saber se Francisco Lobato consegue ultrapassar novamente os primeiros protótipos e chegar à ilha no primeiro lugar absoluto. Há poucas horas atrás, a distância que o separa do "proto" da frente, do francês Bertrand Deslene, era já "só" de 5,8 milhas quando no começo da noite era de cerca de 10 milhas mas nas cerca de 100 milhas que faltam ainda para a chegada ao Funchal, muita coisa pode acontecer. Que o diga Paul Schipman, o homem que seguia na frente dos "protos" até há poucas horas atrás, o qual decidiu seguir nas últimas horas uma rota mais por oeste e deu-se mal. Apanhou menos vento e na última contagem de posições, às cinco da manhã hora de Lisboa, tinha caído de primeiro para terceiro lugar, embora a poucas milhas de Deslene e Thomas Ruyant, o homem que segune em segundo.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Que nervoso, meu!


Não sabemos se vai durar mais umas horas, uns dias ou umas semanas, até à chegada a Salvador da Bahia, mas a participação de Francisco Lobato na Transat 650 está a deixar todos os apaixonados lusos da vela, e não só, com nervoso miudínho. Não sei como é que o nosso velejador, e o barco, aguentam, mas o certo é que ele tá a andar, como se diria no Brasil, prá caráças. Média de 9,5, 10,0 e apesar de ter perdido a liderança há umas horas atrás - por aqui especula-se que terá sido para descansar um pouco - os últimos dados da organização já o dão outra vez a andar na ponta da unha e a menos de 10 milhas do líder absoluto, o francês Henri Schipman.


domingo, 13 de setembro de 2009

Tanto catamaran


Só na Doca do Espanhol já são seis, os catamarans que lá têm a sua base operacional, o maior um de 44 pés. Há uns três anos seria um. Em Sines já há um catamaran, não se sabe ainda bem se temporário ou permanente. E no Algarve, nomeadamente em Lagos, Portimão e Vilamoura, há vários. Decididamente os catamarans vieram para ficar.